novembro 17, 2005

A Máfia do Futebol

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A MAFIA
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As primeiras reuniões do Sistema realizaram-se ainda nos anos 70 e quando Pinto da Costa era seccionista do andebol do Porto, eram na confeitaria 'Petulia' no Porto. Aí se começou a 'cozinhar' o Sistema. Reinaldo Teles possui vários bares de alterne (casas de prostituição), onde se encontram com regularidade pessoas ligadas ao futebol, e onde eles enchem os bolsos da seguinte maneira:
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O presidente do clube A quer subir de divisão. Paga por exemplo 30mil contos ao sistema, que por sua vez gasta 10 mil contos em árbitros e guarda 20 mil. Sexo e dinheiro compram tudo e todos, incluindo árbitros, políticos, dirigentes,etc.
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Outro truque é levarem os árbitros ás casas de meninas, filmarem tudo e depois chantagearem-nos.
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Outro exemplo: o árbitro X tem algumas dificuldades monetárias, por exemplo para pagar uma letra, o Sistema empresta dinheiro. E depois exige-o de volta. Como o árbitro não pode pagar de imediato, torna-se escravo do Sistema. Como resultado as vergonhosas arbitragens a que estamos habituados. Quem não se lembra do famoso caso dos 'Quinhentinhos'?
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A SUBIDA DE PINTO DA COSTA AO PODER
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Por intermédio de Pedroto, os jogadores fizeram greve e se não houvesse eleições não jogariam.
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Houve eleições.
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Nas sessões de esclarecimento aos sócios de Américo de Sá (que era o presidente), o nosso 'amigo' Reinaldo Teles arranjava uns capangas, para armarem porrada e as sessões nunca chegavam ao fim. Isto e a greve dos jogadores veio dar força a Pinto da Costa que ganhou as eleições. Os jogadores pararam logo a greve e foi assim que o MAFIOSO chegou ao poder (com dinheiro do dono da Petúlia, Ilídio Pinto), que mais tarde se mostrou desgostoso, pois tinham-lhe prometido a vice-presidência e depois nada. Só anos mais tarde chegou a dirigente do clube. Já agora, o Pintinho gosta de pensar em si próprio como o Al Capone português.
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O SISTEMA E O CLUBE
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O sistema não é o Porto clube. São as pessoas que lá estão. Os sócios do Porto sem se aperceberem estão a alimentar uma máquina de fazer dinheiro. Mas o dinheiro que entra no clube é muito pouco, pois grande parte é para o Sistema.
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Também há tráfico de droga.
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O autocarro do Porto foi revistado na portagem dos Carvalhos há uns anos atrás e passados meses foi preso Mariano (antigo jogador do Porto), que foi bode expiatório a troco de dinheiro.
Com certeza já ouviram falar de Lucianno de Onofrio. Na sua família encontram-se membros da Camorra. Esse empresário trabalha com o Porto e faz parte do Sistema. Este e outros empresários portugueses e estrangeiros trabalham com o Porto e alguns deles estiveram envolvidos no escândalo de corrupção do clube francês Olympique Marseille. Eles trabalham assim:
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COMO VENDER JOGADORES MISERÁVEIS POR MILHÕES DE CONTOS
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Eles compram um jogador médio, barato, ele faz uns jogos pelo Porto e depois é vendido a um clube estrangeiro amigo por uma fortuna. Nesse clube amigo eles têm um treinador (normalmente um ex-treinador do Porto) que trabalha com a MAFIA ou um empresário de jogadores. Eles convencem esse clube a comprar o tal jogador do Porto por milhões de contos e normalmente é assim.
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O bolo é dividido:
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Sistema(MAFIA)-50%FC Porto-30%o treinador ou o empresário-20%
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Exemplo:
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Foram buscar o Jorge Plácido (um jogadorzeco dos anos 80) bem barato, fez meia dúzia de jogos pelo Porto e depois foi vendido por um balúrdio ao Matra Racing de Paris. Quem era o treinador do Matra? O Artur Jorge.
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O bolo foi dividido assim:
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Artur Jorge-20%Sistema-50%Porto-30%
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E ficaram todos a ganhar e contentes menos o Matra Racing.
E as vendas de vários outros jogadores fizeram-se através de empresários amigos que inflaccionaram o valor e o preço dos jogadores do Porto: Emerson (Midlesbrough), Doriva (Sampdória), Domingos (Tenerife), Baía (Barcelona) Fernando Couto (Parma), Rui Barros (Monaco), Folha (Standard Liége), Latapy (Espanha), Mielcarsky (Spain), etc, a lista é interminável...
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Lembram-se daquele guarda-redes frangueiro Krajl? O Porto tinha que se despachar dele. Quem foi o pato? O PSV Eindhoven que era treinado pelo Bobby Robson.
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Outros nomes que talvez vos digam algo: Tomislav Ivic, Manuel Barbosa, José Veiga (que já se zangou e fez as pazes com o FCP umas 10 vezes, tudo teatro para enganar o Benfica e o Sporting, e os poder minar por dentro).

Muitos jornalistas tentaram há alguns anos atrás denunciar e expôr a MAFIA do futebol, mas foram ameaçados e espancados pelos capangas do FCP (cujo nome oficial é Corpo de Segurança Privado). Marinho Neves foi um corajoso jornalista. Escreveu o livro 'Golpe de Estádio' onde de forma romanceada ele conta a história da MAFIA com nomes falsos. Antigo jornalista do Norte Desportivo e Gazeta dos Desportos já o espancaram várias vezes, para ele se calar. Colaborou com a SIC nos Donos da Bola. O livro teve algum sucesso há 3/4 anos, mas agora está esquecido.
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Por falar em G. Abel sempre que o Vilanovense (Gaia) joga em casa, lá está ele no campo. Talvez ele diga algo, uma vez que foi traído pelos ex-amigos do sistema. Benfiquistas do Norte vejam se lhe conseguem arrancar alguma coisa. Agradeço a um benfiquista de Gaia pela sua ajuda.
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Estas denúncias chegaram-me de um tipo que se diz antigo jornalista do jornal O Jogo.
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O Reinaldo Teles passou as casas de prostitutas para nome de um tipo que ainda não sei quem é porque dava muito nas vistas, visto que o Granada, o Calor da Noite, Diamante Negro, entre outros, que eram os mais frequentados na altura, era onde se faziam algumas transacções de droga. O próprio Reinaldo Teles foi apanhado em frente á alfândega do Porto num mercedes cheio de droga, mas muita gente 'comeu' às custas disso e nunca se soube nada, até um jornalista do 'Público' teve uma 'prenda' do Reinaldo Teles quando o próprio descobriu a história.
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Em relação ao guarda Abel, ele não foi traído, mas sim 'aconselhado', mas ficou bem na vida... Só que ele é um granda putanheiro que estourou tudo no jogo e nas putas, agora tem umas tipas a render para ele.
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Em relação á Olivedesportos, quando o Benfica quebrou o contracto, depois do Vale e Azevedo se tornar presidente, o Guilherme Aguiar, o Pinto da Costa, Manuel Tavares (editor do jornal O Jogo), Ronaldo Oliveira(filho do Oliveira), António Oliveira(o ex-treinador do Porto) e mais uns tipos que não me recordo agora, reuniram-se na sala de reuniões do jornal O Jogo, para tomar medidas no 'sistema' para o Benfica sofrer represálias intimidatórias, tanto a nível de imprensa como a nível federativo (Liga incluída). Obviamente que esta reunião foi 'off-the-record'. E muitas mais merdas. As mais banais eram as notícias fabricadas ou as inflamadas. Porque segundo o Jorge não sei das quantas, o responsável financeiro ou qualquer coisa do género do jornal O Jogo, 'o Benfica é que vende'. Mandaram um sócio do Porto pagar a um cunhado para dizer que o jornal o tinha subornado para dizer mal do FCP. Este caso até passou nos 3 canais de TV."
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E agora, a notícia do Record...
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Pinto da Costa VIU VALIDADO MANDADO DE DETENÇÃO, Araújo implica os dragões...
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Acusado de cinco crimes de corrupção desportiva, António Araújo foi ao mesmo tempo impedido pela juíza que tutela o processo Apito Dourado de frequentar "o Estádio do Dragão ou qualquer casa de alterne". O empresário de Diego e de Leandro terá de entregar o seu passaporte e só saiu em liberdade mediante uma caução de 100 mil euros, estando também proibido de contactar Pinto da Costa, Augusto Duarte, Jacinto Paixão, Manuel Quadrado, José Chilrito, José António Pinto de Sousa (ex-presidente do Conselho de Arbitragem da FPF), Francisco Costa (ex-vogal do CA da FPF), outros árbitros de futebol e dirigentes do FC Porto ou da sua SAD.
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Pinto da Costa, por seu lado, viu o mandado de detenção emitido pelo Ministério Público ser validado pela juíza Ana Cláudia Nogueira, tendo-lhe sido "restituída a liberdade" devido à demora no interrogatório a António Araújo e pelo facto de o presidente portista se ter apresentado no tribunal de forma "voluntária e espontânea". O que terá de fazer novamente 3ª feira, às 9 horas, pois na 2ª feira a juíza não tem agenda.
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António Araújo começou a ser ouvido às 20 horas de sexta-feira e o interrogatório terminou poucos minutos antes das três horas de ontem. Na próxima 2ª feira, o empresário terá de entregar o seu passaporte na secretaria do Tribunal de Gondomar e tem dez dias para prestar a caução que o vai manter em liberdade. Face às medidas de coacção que lhe foram aplicadas, é de admitir que as acusações que visam António Araújo envolvam o FC Porto e alguns dos seus dirigentes, como o atesta o facto de estar impedido de frequentar o Estádio do Dragão e de contactar dirigentes do clube e da SAD.
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O processo Apito Dourado acumula agora um total de 177 crimes e são conhecidos 22 arguidos. Prostitutas brasileiras em foco...
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Todos os indícios continuam a apontar para factos ocorridos na noite anterior ao jogo FC Porto-Estrela da Amadora (mas não só), disputado no passado dia 24 de Janeiro, com os dragões a vencerem por 2-0. Prostitutas brasileiras, entretanto ouvidas pelo MP, terão prestado serviços a terceiros, tendo António Araújo conduzido a operação após ordem superior. As buscas entretanto realizadas tiveram como objectivo encontrar documentação que reforce a acusação que estará pendente.
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Fiquem atentos ao desenvolvimento...
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PARTE 2

Atente-se a esta espantosa entrevista de Octávio Machado ao Correio da Manhã de Sábado, 11 de Dezembro de 2004.
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Da mesma, fica esta pequena transcrição...
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CM: Ficou surpreendido com as evoluções do processo ‘Apito Dourado’?
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OM: Eu, que ando há quarenta anos no futebol?! Fui a primeira pessoa a falar do sistema. Dez anos antes de Dias da Cunha o fazer. Pensa que alguma vez vou esquecer o que vivi antes do jogo Gil-Vicente-FC Porto na época de Carlos Alberto Silva. Foram os momentos mais traumatizantes da minha vida e da minha carreira. Esse jogo determinava a descida de divisão do Gil Vicente, treinado por António Oliveira, caso a equipa perdesse contra o FC Porto, na altura do jogo já campeão nacional.
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CM: Não esquece porquê?
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OM: Porque tive de lutar para que mantivéssemos a nossa dignidade.
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CM: Sofreu pressões para que o FC Porto facilitasse a vida ao Gil Vicente?
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OM: Num telefonema chegaram a dizer-me que eu era a única pessoa do FC Porto que desejava a vitória da equipa frente ao Gil Vicente.
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CM: Quem lhe telefonou?
OM: Um amigo. De facto, bem vi aqueles que foram ao balneário do Gil Vicente festejar a vitória da equipa. Perdemos por 1-0, mas não perdemos a dignidade porque não cedo a pressões e disse isso mesmo aos meus jogadores no fim do jogo.
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CM: Pinto da Costa deu-lhe a entender que o FC Porto devia facilitar?
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OM: Nunca me diria isso porque me conhece.
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CM: Algum dirigente do FC Porto o fez?
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OM: Há muitas maneiras de fazer pressão. Posso apenas dizer que vivi momentos muito difíceis, mas tenho que deixar alguma coisa para revelar no meu livro. Mas não foi a única vez que me aconteceu. Num jogo entre a Académica e o FC Porto em que se discutia a descida de divisão da Académica, também passei por situações difíceis. Acabamos por ganhar com um golo de Raudnei, infelizmente para alguns, porque não era suposto o FC Porto ter ganho esse jogo à Académia.
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CM: Em que época se passa esse segundo episódio?
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OM: Quando Ivic era treinador do FC Porto.
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CM: O treinador da Académica era António Oliveira...
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OM: Exactamente.
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CM: Foi pressionado, por duas vezes, para não prejudicar duas equipas, treinadas por António Oliveira?
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OM: Vivi momentos muito difíceis.
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CM: A julgar pela entrevista, se o sucessor do Papa no FCP for o Oliveirinha, temos que o legado de trafulhice tem a transição assegurada...
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OM: Àh pois é!...
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PARTE 3
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Enquanto estiver disponível, é de leitura obrigatória o artigo de opinião que Daniel Reis (uma espécie de Leonor Pinhão, a nossa mentora, só que para os lagartos...) escreve n' A Bola de 10 de Dezembro.
Deixo aqui algumas passagens (o artigo divide-se em vários pontos), mas sem dúvida que todo artigo é excelente...
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"Reporta-se essa história ao tempo em que os cartões começaram a fazer mossa no futebol profissional. A Associação do Porto já por essa altura comandava a arbitragem e escolhia os seus chefes com o placet não declarado do Papa do futebol. Treinadores conheci, então, que juravam adivinhar que árbitro lhes seria destinado, na jornada precedente ao seu jogo com o FC Porto. E não é que acertavam, sempre, pois eram-lhes enviados os mais famosos na arte de amarelar quem estava no limite da suspensão? Um dia perguntei a um desses treinadores se acusava alguém, especificamente, por este controlo à distância das nomeações, para afastar indirectamente dos jogos com o FC Porto os jogadores X, Y ou Z.E já por esse tempo o objecto de todas as suspeições era outro (o seu famosíssimo treinador à época) e não o dirigente que mandava no futebol portista. Como se previa, não foi a voz de Pinto da Costa a apanhada nas velhas escutas telefónicas da Judiciária, quando alguém pelo FC Porto negociou os quinhentinhos com o árbitro José Guímaro. Foi a de Reinaldo Teles. E na ordem de pagamento das férias do árbitro Calheiros, gozadas no Brasil, a assinatura válida era também a de um subalterno qualquer, subitamente investido da autonomia adequada a tal acto. Para meu espanto, já foi a voz do presidente, em pessoa, que apareceu ao telefone com Pinto de Sousa (segundo relatos do Apito Dourado) a encomendar um árbitro para um jogo da Taça. Talvez se explique o deslize pelo facilitismo, que o demandante não cultivava noutros tempos. Mas compreende-se: quem tantas encomendas do género fez com sucesso, directamente ou por interpostos mensageiros, ia lá agora admitir que as coisas mudaram e até um simples favorzinho, de presidente a presidente, levantasse suspeitas? Recordam-se da sugestão de Dias da Cunha, para serem apurados os montantes em trânsito e os destinatários efectivos do dinheiro pago a mais pelo FC Porto para desviar o jogador Paulo Assunção do Sporting? Presumo que esta transferência seja uma das que estão sob investigação. Mas Pinto da Costa também nada deve ter a ver com o caso. Nem ele, nem o presidente do Nacional. E o mais certo é provar-se que o tal empresário Araújo, também apanhado na teia, foi o único que lidou com esta e outras massas menos recomendáveis."
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PARTE 4
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Não se Liga ao futebol! No seu Bilhete, no MaisFutebol, Luís Sobral fala de uma certa passividade, lentidão e mão branda da Comissão Disciplinar da Liga, em casos recentes.
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Comissão Disciplinar: atirar baldes a árbitros sai barato [ 2004/12/15 12:43 ] Luís Sobral
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A Superliga está em roda livre.
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O presidente da Liga encontra-se impedido de exercer funções, no âmbito de um processo de corrupção desportiva.
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A Liga está desde Abril com um presidente interino, o director executivo Cunha Leal, naturalmente sem a força que deveria ter.
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O presidente do F.C. Porto é arguido no processo «Apito dourado».
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O presidente do Sporting diz que a investigação judicial em curso é coisa pouca e abre uma nova frente, o dinheiro sujo das transferências.
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O presidente do Benfica acusa toda a gente de cobardia, mas à excepção de um «DVD voador» e da mais triste conferência de imprensa do futebol português recente, desconhece-se qualquer ideia construtiva.
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Há árbitros e auxiliares impedidos de exercer a sua actividade, também arguidos no processo de corrupção desportiva.
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No meio de tudo isto, exigia-se que pelo menos a Comissão Disciplinar da Liga desse alguns sinais de empenho e procurasse ser exemplar. No entanto, é exactamente o contrário que se verifica. Esta terça-feira ficámos a saber que finalmente, dois meses depois (!), haverá um inquérito ao caso dos bilhetes no Benfica-F.C. Porto. Recorde-se que esse tema valeu uma semana de tensão e contribuiu para instalar um clima de guerra no jogo mais importante da Superliga até ao momento. A mesma CD decidiu punir com 3500 euros o Penafiel e abrir um inquérito ao presidente do clube, António Oliveira.
A multa até parece elevada, mas se virmos as imagens percebemos que é profundamente inadequada ao que de facto se passou. Um auxiliar foi alvejado com uma garrafa e um balde. O jogo esteve interrompido dez minutos. Na prática, é como se nada se tivesse passado. O clube pagará a multa e na próxima jornada lá estarão os mesmos adeptos, incapazes de um comportamento cívico e desportivo, a tentar pressionar a equipa de arbitragem. Recorrendo para isso a todos os meios. Resta apenas uma dúvida: se da próxima vez o balde acertar na cabeça do árbitro qual será a multa?
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Aposto em 4500 euros...
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Em primeiro lugar, tenho estranhado que estas pequenas crónicas de Luís Sobral apareceçam cada vez mais escondidas no site. Nem a uma referência na página inicial têm direito, o que é, no mínimo, bizarro, sendo Luís Sobral o director da publicação.
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Voltando ao essencial, este reparo à Comissão Disciplinar só peca por tardio. Desde que o futebol profissional passou a ser tutelado e organizado pela Liga de Clubes que se tem assistido a decisões perfeitamente bizarras, de ambas as Comissões (Disciplinar e Arbitral). Castigos que já não são castigos, processos arquivados com provas mais do que evidentes, jogadores castigados 2 meses depois da infracção em véspera de jogo importante (sim, estou a falar de Jardel num Sporting-Benfica) são apenas as asneiras mais sonantes. Mas, quanto a mim, o que mais me choca é a incapacidade da Liga exercer a disciplina sem contemplações, protegendo sobretudo o espectador e o intérprete do futebol espectáculo.
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Vejamos:
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Manuel Fernandes rasteirou um adversário por trás, sem bola. É expulso e castigado com 2 jogos. Benny McCarthy deu 2 socos a um adversário. É expulso e castigado com 2 jogos. Qual é a diferença entre estes 2 lances para lá da cor da camisola? Será difícil perceber quem deveria ter tido um castigo de 5 ou 6 jogos? Este tipo de atitudes pedagógicas só iriam proteger o nosso já débil futebol, afastando cada vez mais os jogadores violentos e sarrafeiros. Há falta de coragem.
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António Oliveira é presidente do Penafiel e agora dono de 10% da SAD do FCP. Em primeiro lugar, ainda não ouvi ninguém d'O Jogo a referir que esta situação é imoral, como ouvi acerca de José Veiga e referi aqui no blog. Atira baldes e garrafas ao árbitro, incita à violência, é multado em 3500 euros. Até o pobre Avelino Ferreira Torres já deve estar a pensar comprar acções do FCP para que o Marco não seja castigado na sua próxima explosão. Aparentemente, o investimento em títulos compensa, mesmo quando a economia aperta! Melhor: Miguel e Nuno Gomes aparecem no balneário do Benfica-Estoril, sem estarem sequer na ficha de jogo, e são alvo de processos disciplinares da Liga, graças ao inefável Delegado que não perdeu tempo a anotar as gravíssimas infracções dos cidadãos (porque naquele jogo não eram jogadores)! Se eu lá estivesse, também seria?
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Luís Fabiano foi inscrito já com o campeonato a decorrer. O FCP adiou o seu jogo com o U.Leiria, que deveria ter sido disputado ainda sem Luís Fabiano. Claro que a Liga baralhou todos os regulamentos e voltou a dar, perdendo-se em precisosismos da linguagem dos regulamentos para explicar o inexplicável e abrir este espantoso precedente. Mais uma vez, falta de coragem.
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Jorge Costa, em Guimarães, atropelou o fiscal de linha (e não me digam que foi sem querer!). Ninguém falou, ninguém viu, ninguém se queixou. Na Premier League, tocar no árbitro dá castigo, quanto mais intimidá-lo e agredi-lo fisicamente. Falta de coragem.
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O Sporting acaba de antecipar o seu jogo para a Taça de Portugal para limpar o cartão de Liedson. Embora os pobres regulamentos o permitam (se calhar mais pelo seu vazio do que pelo texto propriamente dito), isto é incrivelmente promíscuo, anti-desportivo e vergonhoso. A Liga não se pronunciou, a Federação também não. É tempo de acabar com a troca de castigos entre provas. Ou então, punir de forma mais severa um jogador que tenta ser admoestado.
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O Benfica vai ser alvo de processo disciplinar por causa dos bilhetes do Benfica-FCP. Era assumido pela Direcção que tal ia acontecer. Mas continuo a não ver regulamentação no sentido de baixar os preços dos bilhetes para mpedir que se paguem mais de 50 euros por um jogo num campo sem condições, entre uma equipa que só defende e outra que tenta fazer pela vida. Isto acontece em todos os jogos fora do Benfica. Também não há Liga para isto.
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Quanto a adeptos, já nem vale a pena falar. Onde há azul e branco, há confusão. Na Luz, em Alvalade, em Guimarães, no Bessa, em qualquer lado. E se não fosse A Bola pouco saberíamos das perseguições automobilísticas que os Super-Escarretas fazem à sua equipa quando há derrotas. E nem quero começar a pensar nas facadas em Alvalade ou nas pilhagens das Auto-Estradas. Ou serão só os desordeiros da Luz que atiram pedras?
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O futebol profissional é uma realidade. A regulamentação, gestão e organização profissional são uma miragem. E quem é que ganha com isso?
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PARTE 5
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Não se Liga ao futebol! (II acto)
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Ainda a propósito do que falámos no anterior post, Luís Sobral escreve novo comentário endereçado à Liga e que aqui reproduzimos:
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Liga:
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Nuno Gomes e o Benfica vão ter pagar a mais elevada multa desta época, 3200 euros, por o avançado ter faltado à «flash interview», no final do Benfica-F.C. Porto. À primeira vista até nem parece muito, para quem comete aquilo que o regulamento da Liga designa por falta grave. Mas quando percebemos que é a multa mais cara até agora começamos a desconfiar.
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Uma pequena pesquisa causa espanto.
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Um caso grave como o que sucedeu em Guimarães (Vitória-Sporting, cadeiras arremessadas em direcção ao árbitro) custou aos minhotos 1500 euros.
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A agressão em Penafiel, também num jogo com o Vitória de Guimarães, custou 2000 euros. A tentativa de agressão, uns minutos antes, valeu 1500 euros.
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As palavras de José Veiga sobre Olegário Benquerença, outro exemplo (no final do Benfica-F.C. Porto), custaram-lhe 1500 euros e um mês de suspensão (já agora, suspenso de quê se não tomou posse como administrador da SAD?).
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Ou seja, tudo isto (e são apenas alguns exemplos sem recurso à violência entre jogadores, no jogo, ou a declarações de treinadores no final dos mesmos) é menos grave do que faltar a uma flash interview. Pelo menos para a Comissão Disciplinar da Liga.
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Desculpem lá, se isto não é ridículo, mandem por favor a vossa sugestão.
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Mais nada!
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(os meus agradecimentos ao site www.antiantibenfica.blogspot.com)
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Nota:Um dia deste irei publicar a história do Pinto da Costa que vem no site www.casavelha.weblogger.com,br, se quiserem passar por lá vale a pena, é realmente um nojo o que se passa lá para as bandas da equipa do Futebol Clube do Porto.
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ONDE ESTÁ A VERDADE DESPORTIVA??????
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O TRIO DO APITO DOURADO - PIMENTA-LOUREIRO E PINTO DA COSTA
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